03 setembro 2012

Um aparte sobre o estado do país

Houve uma altura em que Portugal era um país porreiro - bom sol, belas praias, gastronomia do melhor, custo de vida aceitável, serviços com qualidade qb, segurança. Era um país no qual ter qualificações era praticamente sinónimo de emprego - e a falta das mesmas não era uma condenação.

 Hoje dei por mim a concluir que, excepção feita aos colegas de faculdade, 99% dos meus amigos está desempregado, tem emprego precário ou uma remuneração muito aquém daquilo que as suas qualificações fariam prever. Todos licenciados, alguns doutorados. Na maior parte dos casos, pessoas esforçadas, responsáveis, competentes. E os meus amigos são uma pequena amostra do mundo - ou do país, neste caso.

 O desemprego tem aumentado a olhos vistos e o que este governo faz? Piora a qualidade de vida dos cidadãos - ele é portagens, impostos, taxas, serviços a fechar, até a televisão pública está em perigo. Não acredito em governos milagrosos, capazes de salvar os países de todas as crises, mas numa altura em que Portugal parece um Titanic a afundar - porra!, bem que escusavam de o fazer afundar mais depressa! E não me venham cá com desculpas troikianas - isto roça o criminoso.



(É por estas e por outras que pessoas com bom emprego e que passam a vida a queixar-se me fazem sempre ter espasmos na mão com a vontade de espetar uma estalada.)

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