08 dezembro 2011
Paciência
Semear hoje para colher mais tarde*. Encher o papo da galinha grão-a-grão. Endurance. Maratona. Um dia de cada vez.
* E não para me enforcar, hopefully.
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* E não para me enforcar, hopefully.
07 dezembro 2011
Dia cansativo? Prescrição alternativa em 10 passos
1. Apagar a luz - deixar o pc ligado
2. Ir ao youtube e pesquisar Tom Waits 55
3. Escolher o 2º vídeo + press play
4. Ouvir de olhos fechados; sentirá os músculos a relaxar
5. Na barra de pesquisa do you tube, substituir 55 por Alice
6. Escolher o 1º vídeo + press play
7. Ouvir de olhos fechados; irá sorrir e pensar que, enquanto existirem músicas destas, a vida só pode ser boa
8. Pesquisar Mazzy Star
9. Escolher 1º resultado ("Fade into you")
10. Ouvir de olhos fechados; deixar-se embalar.... Adormecer.
06 dezembro 2011
If only
É que é preciso ter uma mente mesmo fechada para conseguir ver só e apenas aquilo que nos é posto à frente.
05 dezembro 2011
Pizza e preconceito
Ontem fiquei chateada, muito mesmo, porque uns malandros do bairro social perto da minha casa decidiram assaltar o senhor que vinha cá entregar a pizza que tínhamos encomendado. O homem, coitado, ligou a contar o happening - e, claro, não voltou - enquanto os víamos daqui da janela a festejar.
Ora isto chateia. Porque depois de um fds atribulado apetecia-nos mesmo uma pizzazinha e um filme. Porque assim de repente e sem estarmos prevenidos, acabamos a comer massa e salsichas. E porque ficou loiça para lavar, claro, e não me faltou vontade de ir lá levá-la para os meninos a lavarem. (Já para não falar do meu peso de consciência pelo prejuízo que os senhores tiveram....)
Mas sabem o que chateia mais?
É que eu não sou de julgar ninguém pela cor da pele, nacionalidade ou tendência sexual. Tenho, claro, pré-conceitos. E quem diz que não tem, mente.
Está estudado: as feições de uma pessoa, a sua imagem geral, é por nós inconscientemente analisada, fazendo com que sintamos ou não empatia. E julgamos pessoas a toda a hora. Uma mulher vestida de determinada maneira parece-nos fácil, a outra intelectual; um homem parece-nos surfista, o outro metaleiro. Os alentejanos são preguiçosos, os italianos excêntricos, os brasileiros barulhentos.
São generalizações, que enquanto forem entendidas como tal, à laia de piada e sabendo que existem inúmeras excepções à regra, não fazem mal a ninguém. Quando generalizadas mesmo, passam a preconceito. A racismo.
E faz parte de cada um, individualmente, lutar contra os preconceitos. Uma luta que não é só de quem os tem - é também de quem os sente na pele. De que me vale ficar chateada por dizerem que os transmontanos são asneirentos e depois dizer asneiras por dá-cá-aquela-palha, a toda a hora?
O mesmo se passa com as minorias étnicas. As casas são dadas, o estacionamento é o único que não é pago. Têm rendimentos sociais e sei lá o quê mais. Tudo bem, eu sou a favor de ajudar quem precisa - se bem que com a certeza de que se eu ficasse sem nada, o estado me fazia um belo de um manguito.
Mas, com a sujidade que por lá vai, o barulho e agora isto... Sinto-me a ir pelo caminho do preconceito. E isso, preconceituosa, é coisa que nunca quis ser. Estes senhores estão, claramente, a tornar-me a tarefa difícil. E isso, sim, é o que me chateia mais desta história toda.
Até porque, se me pedissem, eu era
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