Um dos motivos para ter decido pôr em suspenso a saga
Songs of Ice and Fire foi o facto de serem livros
buchas. Não me interpretem mal, se homens não se medem aos palmos, o mesmo se pode dizer dos livros, mas precisava de me sentir a variar de história - de preferência com mais alguma rapidez, pronto.
O
problema é que, pelo meio, li 2 livros grandinhos - o
Blankets, leitura mais rápida por ser BD e o
The Physician - ele próprio
gorducho para umas 700 páginas. De maneira que achei que estava com livros
buchas a mais no reportório - basta dizer que, até Novembro, estou de mãos dadas (e neurónios, espero) com o Mr. H, o
bucha-mor, que ainda por cima é picuinhas - uma combinação sempre explosiva.
Assim sendo, não foi inocente a passagem deste
The Sense of an Ending, chegado de fresco da Feira do Livro, para o topo da pilha-de-espera. É que é pequeno, estão a ver?
Em cerca de 150 páginas, Julian Barnes conta, primeiro, uma história da sua adolescência; na 2ª parte do livro, é de novo confrontado com esse passado a que a memória deu contornos enganosos. É um livro sobre o remorso, o sentido da vida e as escolhas que, ao longo da mesma, vamos fazendo.
Com alguns momentos mais inesperados e capaz de, a espaços, agarrar bem o leitor, ainda assim confesso que esperava mais deste vencedor do
Man Booker Prize (sempre uma referência por estes lados) de 2011.
(Entretanto já comecei o
Persepolis, do qual ainda só li umas 60 páginas, mas que não está, de todo, a encher-me as medidas... A ver vamos)