Uma colega minha usa frequentemente como mensagem de status nos chats a citação "Como sempre, o urgente não deixa tempo para o importante". E desde que a li que não consigo pensar em melhor definição para o meu dia a dia. Bem sei que toda a gente tem as suas obrigações, que não podemos andar sempre a fazer o que queremos, que "isso é que era bom!" etc e tal. E sei que tenho sorte, tanta sorte que nem me devia ser dado o direito a queixar-me. Sei isso tudo, mas às vezes custa. Muito.
Custa não saber o que é chegar a casa e poder simplesmente não fazer nada, fazer o que quiser ou me apetecer. Custa ter semanas a fio dedicadas sempre ao mesmo, fixas, independentes da minha vontade. Custa, sobretudo, não poder às vezes parar o relógio, não poder desdobrar-me e fazer tudo ao mesmo tempo, ver a vida dos outros a moldar-se à nossa ausência; custa ainda mais quando sou forçada a seguir o caminho da razão e não o do coração.
Mas o coração, esse, está sempre com a mesma pessoa, a tempo inteiro. E isso não me tiram.
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2 comentários:
Gostei muito !
É uma realidade (a nossa realidade) mas de facto ainda há coisas que não nos tiram !
E ainda bem! ;)
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