Depois de um jantar bem regado e uns kms feitos a passo acelerado, eu e ele decidimos que na volta o melhor mesmo seria apanhar um bus. Sim, aquele que tinha acabado de parar numa paragem uns bons metros atrás de nós pelo que não nos restava alternativa senão correr e bem. O problema foi ao entrar no bus. Depois daquela correria, uma autêntica maratona para mim, com o vinho cansaço acumulado a ajudar, aqui a menina começou literalmente a ver tudo a andar à roda, a sentir-se desligada do mundo real, cheia de calor, à beira do desmaio.
Não faço do que passa pela cabeça das pessoas antes de desmaiarem. Nunca desmaiei e esta foi a vez que estive mais perto. Mas, por defeito vício profissional, o que me passou foi qualquer coisa como:
Espera o que é isto?
Vou ter uma síncope.
Isto são pródomos de síncope.
E agora, o que é que eu faço?
Pulso, vê o pulso!
Parece normal e agora o que é que faço?
Espera, pode ser hipotensão, dilatação, reacção vaso-vagal, espera, como era aquilo?
Levantar as pernas era isso!
Ai não posso que estou num autocarro.
Baixar a cabeça! Baixa a cabeça, estúpida, qualquer pessoa sabe isso.
Ok, baixei a cabeça.
A respiração, está normal? As extremidades, estão frias? Mas alguém me faz uma gasimetria oh faz favor?
(E passou num instante, mas fiquei a pensar, olha quando um médico tem um ataque cardíaco e sabe que está a ter um ataque cardíaco, com tudo o que sabe sobre isso? Livra!...)
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