08 dezembro 2011
Paciência
Semear hoje para colher mais tarde*. Encher o papo da galinha grão-a-grão. Endurance. Maratona. Um dia de cada vez.
* E não para me enforcar, hopefully.
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* E não para me enforcar, hopefully.
07 dezembro 2011
Dia cansativo? Prescrição alternativa em 10 passos
1. Apagar a luz - deixar o pc ligado
2. Ir ao youtube e pesquisar Tom Waits 55
3. Escolher o 2º vídeo + press play
4. Ouvir de olhos fechados; sentirá os músculos a relaxar
5. Na barra de pesquisa do you tube, substituir 55 por Alice
6. Escolher o 1º vídeo + press play
7. Ouvir de olhos fechados; irá sorrir e pensar que, enquanto existirem músicas destas, a vida só pode ser boa
8. Pesquisar Mazzy Star
9. Escolher 1º resultado ("Fade into you")
10. Ouvir de olhos fechados; deixar-se embalar.... Adormecer.
06 dezembro 2011
If only
É que é preciso ter uma mente mesmo fechada para conseguir ver só e apenas aquilo que nos é posto à frente.
05 dezembro 2011
Pizza e preconceito
Ontem fiquei chateada, muito mesmo, porque uns malandros do bairro social perto da minha casa decidiram assaltar o senhor que vinha cá entregar a pizza que tínhamos encomendado. O homem, coitado, ligou a contar o happening - e, claro, não voltou - enquanto os víamos daqui da janela a festejar.
Ora isto chateia. Porque depois de um fds atribulado apetecia-nos mesmo uma pizzazinha e um filme. Porque assim de repente e sem estarmos prevenidos, acabamos a comer massa e salsichas. E porque ficou loiça para lavar, claro, e não me faltou vontade de ir lá levá-la para os meninos a lavarem. (Já para não falar do meu peso de consciência pelo prejuízo que os senhores tiveram....)
Mas sabem o que chateia mais?
É que eu não sou de julgar ninguém pela cor da pele, nacionalidade ou tendência sexual. Tenho, claro, pré-conceitos. E quem diz que não tem, mente.
Está estudado: as feições de uma pessoa, a sua imagem geral, é por nós inconscientemente analisada, fazendo com que sintamos ou não empatia. E julgamos pessoas a toda a hora. Uma mulher vestida de determinada maneira parece-nos fácil, a outra intelectual; um homem parece-nos surfista, o outro metaleiro. Os alentejanos são preguiçosos, os italianos excêntricos, os brasileiros barulhentos.
São generalizações, que enquanto forem entendidas como tal, à laia de piada e sabendo que existem inúmeras excepções à regra, não fazem mal a ninguém. Quando generalizadas mesmo, passam a preconceito. A racismo.
E faz parte de cada um, individualmente, lutar contra os preconceitos. Uma luta que não é só de quem os tem - é também de quem os sente na pele. De que me vale ficar chateada por dizerem que os transmontanos são asneirentos e depois dizer asneiras por dá-cá-aquela-palha, a toda a hora?
O mesmo se passa com as minorias étnicas. As casas são dadas, o estacionamento é o único que não é pago. Têm rendimentos sociais e sei lá o quê mais. Tudo bem, eu sou a favor de ajudar quem precisa - se bem que com a certeza de que se eu ficasse sem nada, o estado me fazia um belo de um manguito.
Mas, com a sujidade que por lá vai, o barulho e agora isto... Sinto-me a ir pelo caminho do preconceito. E isso, preconceituosa, é coisa que nunca quis ser. Estes senhores estão, claramente, a tornar-me a tarefa difícil. E isso, sim, é o que me chateia mais desta história toda.
Até porque, se me pedissem, eu era
27 novembro 2011
E no dia em que toda a gente decidiu gostar de fado...
Eu cá sou do contra e continuo com o rock. Em português, ainda por cima.
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Acabei o meu 1º "livro num kindle"
E a coisa é para repetir, mas há claramente arestas a limar... Eu explico.
Adquiri esta pérola da tecnologia a meias com a minha cara metade numa loja do aeroporto de Londres, depois de pesados os prós - que para ele, que se farta de ler em transportes, eram óbvios - e os contras - que, claro, vinham de mim.
Confesso que o meu acto de rendição começou uns meses antes, precisamente no metro, quando um passageiro portador de uma tecno-coisa misteriosa que uns minutos depois reconheci como um Kindle se implantou do meu lado direito (um dado altamente relevante... ou não) e eu olhei para o ecrã e gostei. Tem aspecto daquelas folhas de jornal, branco acinzentado - mas sem manchar os dedos.
A história de como comecei a ler o livro no kindle fica para depois, mas em suma, fiquei rendida. É altamente transportável, sim, o que me permitiu ler mais - nas esperas no dentista, nas esperas em cafés, nas esperas em geral e, sim, nos transportes. Pesa pouco, logo ao contrário dos livros consigo levá-lo comigo para todo o lado - e é quase um back-up - se não sei se vou estar à espera, lá vai o kindle para mala, just in case. Ah e na cama também é simpático, evita contorcionismos de punho.
Claro que tenho o livro que li no seu formato real - uma estrutura física, com capa, páginas e cheiro. Claro que comecei a ler o livro - o livro mesmo - antes de o retomar no kindle. Mas depois nunca mais o abri.
Portanto: kindle, sim. Pode-se personalizar o tipo de letra e o espaçamento entre linhas e basta um click para ver o significado de uma palavra num dicionário - o que no meu caso dá um jeitão, porque leio em inglês (há muitas palavras cujo significado é intuído pelo contexto geral, mas agora apanhei o hábito do click para saber o significado concreto - e em livros reais já lhe noto a ausência).
Problemas?
Eu não sei como é por aí, mas eu cá tenho um ritual no que diz respeito à escolha do que vou ler a seguir. Pego numa mão cheia de candidatos, coloco-os em pilha, leio as contra-capas, abro, folheio, cheiro, leio ao acaso. Faço isto com todos até ter um eleito.
E isto tu, Kindle amigo, não me permites (ainda?) fazer.
23 novembro 2011
Pergunta retórica
Às vezes apetece-me perguntar a algumas pessoas quando é que os seus olhos deixaram de ver os outros....*
* Para aprender e ter a certeza que não me vai acontecer o mesmo.
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* Para aprender e ter a certeza que não me vai acontecer o mesmo.
22 novembro 2011
Sequela do before the sunrise & before the sunset? :-O
Pensamentos:
#1 - Jáaaaa? Um terceiro? Vai estragar.
#2 - Fdxxxx afinal o outro foi há 9 anos, jáaaa?*
#3 - Então e este agora vai chamar-se o quê?, before the moonlight?
#4 - Então e este agora acaba como hein? Se for da mesma maneira, é chato, se for de outra maneira, muda tudo.
Conclusão: NÃO ESTRAAAAGUEEEMMMM!!!! PLZ!!!!
AH! Notícia vista aqui, completa aqui.
* Os 9 anos entre os 2 primeiros foram bué mais lentos.
21 novembro 2011
Alguém me devia estudar
Considerando a quantidade de tempo que dormi no fds e o estado geral de sonolência que se apoderou de mim hoje, diria que estou a hibernar.
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18 novembro 2011
Sobre a ignorância dos estudantes universitários em geral - e da minha em particular
Ora andou por aí a circular o belo do vídeo-reportagem sobre a ignorância dos nossos universitários. E eu, movida pela chalaça inerente à coisa, ignorei a voz que cá no fundo me dizia eh pah, não podem ter respondido todos, todos assim e vou na onda de partilhar a coisa. Afinal, para desgraças já chega o dia a dia e as notícias e aquela sempre era uma desgraça com graça. E, enfim, eu, ainda estudante universitária para todos os efeitos, juntei-me levianamente ao coro trágico do eco "ai esta geração". Porque bom, sendo mais velha que boa parte dos meus colegas, há um certo gap geracional que origina, por um lado, situações engraçadas (do estilo os meus colegas quase não se lembrarem do happening da expo 98 - porque tinham 10 anos), mas que por outro aumenta consideravelmente o nº de rugas que eu encontro procuro quando me vejo ao espelho*. Facto imperdoável, como se compreende.
É o go with flow, mas ler isto pôs-me a pensar.
Pensei, por exemplo, que se fizessem perguntas de História, seria eu a fazer figura de ursa. Que, como muito bem expressa o Bruno Nogueira aqui, há culturas grandes e pequenas em todas as idades, classes e profissões e que, acima de tudo, a cultura é uma variável dependente do contexto, dos interesses e, em última análise, da idade. Que a sobre-especialização a que chegamos em diferentes campos de interesse torna cada vez mais verdadeira a expressão cada macaco no seu galho - e que por isso mesmo o trabalho de equipa é, em muitos casos, o único que faz sentido.
Por isso, quero desde já deixar aqui o meu pedido de desculpas aos intervenientes.
Acima de tudo, a reportagem da dita revista perdeu toda a sua credibilidade. Pelos métodos usados e denunciados mas, acima de tudo, porque numa altura em que o País precisa de auto-estima, união e confiança nos pares, fez um excelente serviço público no que respeita à descredibilização daqueles que, no futuro, serão os maiores responsáveis pelo País. A malta agradece.
Afinal, somos todos simples humanos.
* mas, claro, venham-me falar cá de ladys gagas e afins que eu digo logo que a música antes é que era boa e que agora só há biebers e, enfim, cacas de músicas e gajas nuas. Aí não há volta a dar.
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É o go with flow, mas ler isto pôs-me a pensar.
Pensei, por exemplo, que se fizessem perguntas de História, seria eu a fazer figura de ursa. Que, como muito bem expressa o Bruno Nogueira aqui, há culturas grandes e pequenas em todas as idades, classes e profissões e que, acima de tudo, a cultura é uma variável dependente do contexto, dos interesses e, em última análise, da idade. Que a sobre-especialização a que chegamos em diferentes campos de interesse torna cada vez mais verdadeira a expressão cada macaco no seu galho - e que por isso mesmo o trabalho de equipa é, em muitos casos, o único que faz sentido.
Por isso, quero desde já deixar aqui o meu pedido de desculpas aos intervenientes.
Acima de tudo, a reportagem da dita revista perdeu toda a sua credibilidade. Pelos métodos usados e denunciados mas, acima de tudo, porque numa altura em que o País precisa de auto-estima, união e confiança nos pares, fez um excelente serviço público no que respeita à descredibilização daqueles que, no futuro, serão os maiores responsáveis pelo País. A malta agradece.
Afinal, somos todos simples humanos.
* mas, claro, venham-me falar cá de ladys gagas e afins que eu digo logo que a música antes é que era boa e que agora só há biebers e, enfim, cacas de músicas e gajas nuas. Aí não há volta a dar.
Desculpe, mas não concordo
(Porque nem em tudo há um certo e um errado).
*Post escrito com a gata ao colo, assistindo atentamente ao Top Gear. True story.
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*Post escrito com a gata ao colo, assistindo atentamente ao Top Gear. True story.
16 novembro 2011
Ossos do ofício - literalmente
Ela: então e foste à Capela dos Ossos?
Eu: Fui, fui!
Ela: e então?
Eu: eh pah, muito diferente do que estava à espera... Sempre pensei que fosse uma espécie de gruta, com alguns ossos por lá, mas não. Os ossos foram usados como tijolos, percebes? A parede é toda feita de ossos mesmo.
Ela: Ahhh! E não te fez impressão?
Eu: Por acaso fez! A falta que me fez um crânio quando estava a estudar Anatomia e aqueles ali todos parados à tanto tempo... Achei um desperdício.
Ela: Ahahahhahahaha
Nota: Ela é a minha mãe e sim, soltou uma valente gargalhada. O que me deixou contente até me pôr a pensar que às tantas o meu comentário não foi muito normal e ela já não estranha... Mas nem quero saber porquê.
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Eu: Fui, fui!
Ela: e então?
Eu: eh pah, muito diferente do que estava à espera... Sempre pensei que fosse uma espécie de gruta, com alguns ossos por lá, mas não. Os ossos foram usados como tijolos, percebes? A parede é toda feita de ossos mesmo.
Ela: Ahhh! E não te fez impressão?
Eu: Por acaso fez! A falta que me fez um crânio quando estava a estudar Anatomia e aqueles ali todos parados à tanto tempo... Achei um desperdício.
Ela: Ahahahhahahaha
Nota: Ela é a minha mãe e sim, soltou uma valente gargalhada. O que me deixou contente até me pôr a pensar que às tantas o meu comentário não foi muito normal e ela já não estranha... Mas nem quero saber porquê.
14 novembro 2011
A passividade dos Lisboetas
Já aqui falei de que Lisboa não é uma cidade feita para quem nela vive; as pessoas vivem para a cidade. Talvez seja por isso que a maior parte dos lisboetas assiste, de uma forma tão indiferente, à destruição do património que se queria público desta que deveria ser a capital de todos.
Atente-se por exemplo ao caso da Feira Popular. Eu que vivo cá há menos de uma década, sempre a conheci assim:
(foto daqui)
E é por relatos de terceiros que sei das noites na Feira Popular, das jantaradas que lá se combinavam, da magia do sítio; é por terceiros que sei que aquele edifício que se vê lá no fundo, que eu sempre conheci em ruínas, é afinal um sítio histórico - foi lá, afinal, que se fez a primeira emissão da RTP.
Rendida à minha condição inevitável de estrangeira, por vezes aponto para este ou aquele edifício abandonado, tombado, em ruínas ou demolido e vou-lhe conhecendo a história.
Desde que cá estou, foi abaixo o edifício da antiga escola de Veterinária, a fábrica da cerveja da Portugália, a já referida Feira Popular continua ao abandono. Há uns meses falou-se do possível fecho do Estádio Universitário! Vejo prédios com uma arquitectura invejável, uma localização do mais central possível e estão todos abandonados, as janelas tapadas com tijolos, a propaganda do BE a constatar a realidade óbvia - aqui podia morar alguém. Ainda este fim de semana a reportagem da RTP falava da elevada percentagem de edifícios nessa situação.
Desta vez, a bomba cai mais perto - o Complexo Desportivo da Lapa foi, depois de muitas ameaças, finalmente fechado. Para quem não conhece, é um espaço que albergou o IDP e várias federações; um local com excelentes condições que albergava treinos de Judo, Esgrima, Andebol; era o local onde se situava o Museu do Desporto. E era também o local onde, nos 2 últimos anos, eu treinei Iaido e Jodo, 2x por semana.
Vão sendo feitas petições que caem no esquecimento, vai-se falando com os amigos, vão-se lamentando as perdas. Mas Lisboa precisa de mais.
Estamos a assistir a um leilão daquilo que foi construído com o dinheiro de todos, para servir o público e que agora vai servir, certamente, como habitação de luxo para quem puder pagar. Enquanto isso, definham por Lisboa edifícios antigos sem recuperação à vista, pelos quais o comum dos mortais passa e suspira, a caminho do apartamento nos subúrbios cujo empréstimo é o único que o parco ordenado consegue pagar.
Eu não sei quem enriquece com isto, mas sei que estas situações não são sustentáveis a menos que haja muito dinheiro por trás. E sei que não sou eu, nem tu que lês isto, a enriquecer. A nós, tiram-nos o pouco que temos. Numa cidade que não tem sequer cafés abertos à noite porque já é quase uma cidade fantasma, tiram-nos ainda os espaços onde podíamos fazer desporto - noite e dia; e Lisboa torna-se, cada vez mais, uma cidade que só serve para se vir trabalhar.
Quando é que isto acaba? Será preciso que transformem os Jerónimos num Hotel de luxo para que os cidadãos finalmente acordem e reclamem os seus direitos sobre o que é de todos?
Acorda Lisboa!
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Atente-se por exemplo ao caso da Feira Popular. Eu que vivo cá há menos de uma década, sempre a conheci assim:
(foto daqui)
E é por relatos de terceiros que sei das noites na Feira Popular, das jantaradas que lá se combinavam, da magia do sítio; é por terceiros que sei que aquele edifício que se vê lá no fundo, que eu sempre conheci em ruínas, é afinal um sítio histórico - foi lá, afinal, que se fez a primeira emissão da RTP.
Rendida à minha condição inevitável de estrangeira, por vezes aponto para este ou aquele edifício abandonado, tombado, em ruínas ou demolido e vou-lhe conhecendo a história.
Desde que cá estou, foi abaixo o edifício da antiga escola de Veterinária, a fábrica da cerveja da Portugália, a já referida Feira Popular continua ao abandono. Há uns meses falou-se do possível fecho do Estádio Universitário! Vejo prédios com uma arquitectura invejável, uma localização do mais central possível e estão todos abandonados, as janelas tapadas com tijolos, a propaganda do BE a constatar a realidade óbvia - aqui podia morar alguém. Ainda este fim de semana a reportagem da RTP falava da elevada percentagem de edifícios nessa situação.
Desta vez, a bomba cai mais perto - o Complexo Desportivo da Lapa foi, depois de muitas ameaças, finalmente fechado. Para quem não conhece, é um espaço que albergou o IDP e várias federações; um local com excelentes condições que albergava treinos de Judo, Esgrima, Andebol; era o local onde se situava o Museu do Desporto. E era também o local onde, nos 2 últimos anos, eu treinei Iaido e Jodo, 2x por semana.
Vão sendo feitas petições que caem no esquecimento, vai-se falando com os amigos, vão-se lamentando as perdas. Mas Lisboa precisa de mais.
Estamos a assistir a um leilão daquilo que foi construído com o dinheiro de todos, para servir o público e que agora vai servir, certamente, como habitação de luxo para quem puder pagar. Enquanto isso, definham por Lisboa edifícios antigos sem recuperação à vista, pelos quais o comum dos mortais passa e suspira, a caminho do apartamento nos subúrbios cujo empréstimo é o único que o parco ordenado consegue pagar.
Eu não sei quem enriquece com isto, mas sei que estas situações não são sustentáveis a menos que haja muito dinheiro por trás. E sei que não sou eu, nem tu que lês isto, a enriquecer. A nós, tiram-nos o pouco que temos. Numa cidade que não tem sequer cafés abertos à noite porque já é quase uma cidade fantasma, tiram-nos ainda os espaços onde podíamos fazer desporto - noite e dia; e Lisboa torna-se, cada vez mais, uma cidade que só serve para se vir trabalhar.
Quando é que isto acaba? Será preciso que transformem os Jerónimos num Hotel de luxo para que os cidadãos finalmente acordem e reclamem os seus direitos sobre o que é de todos?
Acorda Lisboa!
11 novembro 2011
É por estas coisas que eu e a religião não nos damos muito
Não sei se já viram esta notícia, mas resumindo, uma velhota doou a casa ao Santuário de Fátima e agora, com 80 anos, vê-se confrontada com uma acção de despejo, por parte do próprio santuário - porque a casa não é dela.
Pormenores legais à parte, se doou a casa toda ou não, se é dela ou não, que isso não me interessa para nada, mais do que o Direito entra aqui a Moral, que na minha maneira dever as coisas se sobrepõe a qualquer lei. E não há moral que justifique o facto de se pretender desalojar uma pessoa de 80 anos da própria casa, sobretudo por parte da entidade beneficiária da doação. Mais ainda quando pertence ou de alguma forma está ligada à igreja. Típico faz o que eu digo, não faças o que eu faço.
É por estas e por outras que eu acho que o cristianismo seria uma boa religião, não fosse a igreja a estragá-lo.
"Religion; you're doing it wrong"
(E esta imagem resume a minha opinião sobre aqueles que vão à igreja todos os Domingos para ter um lugar no céu mas não são capazes de dar umas sandes a um pobre. Se fosse eu a porteira do céu, ficavam na rua. Só para que saibam.)
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Pormenores legais à parte, se doou a casa toda ou não, se é dela ou não, que isso não me interessa para nada, mais do que o Direito entra aqui a Moral, que na minha maneira dever as coisas se sobrepõe a qualquer lei. E não há moral que justifique o facto de se pretender desalojar uma pessoa de 80 anos da própria casa, sobretudo por parte da entidade beneficiária da doação. Mais ainda quando pertence ou de alguma forma está ligada à igreja. Típico faz o que eu digo, não faças o que eu faço.
É por estas e por outras que eu acho que o cristianismo seria uma boa religião, não fosse a igreja a estragá-lo.
"Religion; you're doing it wrong"
(E esta imagem resume a minha opinião sobre aqueles que vão à igreja todos os Domingos para ter um lugar no céu mas não são capazes de dar umas sandes a um pobre. Se fosse eu a porteira do céu, ficavam na rua. Só para que saibam.)
04 novembro 2011
MX3 quer que ser médico seja visto como profissão de risco para a saúde
Na sequência do post anterior, já vejo aqui potencial para que o ser médico seja visto como profissão de risco para a saúde - do profissional, não do doente. Ah, espera, já é grupo de risco em tanta coisa que se calhar também é profissão de risco para a saúde, não? Não interessa, em frente....
Vamos lá aos argumentos:
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Vamos lá aos argumentos:
- Stress e fadiga: em poucas palavras, bancos de 24h. Claramente uma loucura que só jovens são capazes de aguentar. E dá desgaste rápido, até porque toda a gente diz que só se gosta mesmo, mesmo, nos primeiros anos. Podem também acrescentar depressão.
- Caruncho mais ou menos generalizado: dores de costas pelos tempos cirúrgicos, de pernas por andar a correr pelo hospital, tendinites pelo computador,.... Já chega?
- Perda de audição: há berros de crianças que podem perfurar qualquer tímpano desprevenido.
Acrescentem-se ainda todas as doenças transmissíveis que nos passam pelas mãos, as agulhas e outros materiais perigosos e... Enfim, volta e meia podemos sempre levar uma traulitada de um doente, pelo que também existe um risco não desprezível para a integridade física.
Então, que me dizem? Bora lá com os DJ? Assembleia, cá vamos nós?
* Resta-me acrescentar que, se o meu ponto de vista estiver errado por força do desconhecimento de causa, força nisso DJ. De resto... já sabem que por aqui há ironia qb, mas também algumas verdades.
DJ querem profissão vista como de risco para a saúde.... Oh sócios... P'lamor de Deus!
A notícia é do P3 e o título "DJ querem profissão vista como de risco para a saúde" fez-me pensar Hein? - e portanto ir ler os argumentos dos ditos.
A verdade é que sei pouco do que é ser DJ, mas dado que é uma profissão que não me parece passar de prazo tão depressa como, por exemplo, uma carreira futebolística, fiquei curiosa se o motivo seriam danos auditivos ou coisa que o valha. Se bem que mesmo esses... Há inúmeras pessoas expostas a decibéis elevados - mas por algum motivo há protecções auditivas; e desconfio que a maior parte terá um emprego menos agradável do que passar música em discotecas. Acrescente-se que, pelo que sei, ser DJ não é para quem quer, é para quem pode, pelo que a maior parte deles não estarão no ramo por necessidade absoluta de pagar as contas ao fim do mês; são antes dos poucos privilegiados que são pagos para fazerem o que gostam.
E eis que, lendo a notícia, são estes os argumentos com os quais me deparo:
E assim sendo, lá se vai o argumento da perda de audição.
Ahhhhhh que já não há DJ como antigamente....
P.S.: Mas claro que nisto cada um puxa a brasa à sua sardinha, de maneira que já, já a seguir eu vou aproveitar o andar da carruagem para puxar a brasa à minha.
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A verdade é que sei pouco do que é ser DJ, mas dado que é uma profissão que não me parece passar de prazo tão depressa como, por exemplo, uma carreira futebolística, fiquei curiosa se o motivo seriam danos auditivos ou coisa que o valha. Se bem que mesmo esses... Há inúmeras pessoas expostas a decibéis elevados - mas por algum motivo há protecções auditivas; e desconfio que a maior parte terá um emprego menos agradável do que passar música em discotecas. Acrescente-se que, pelo que sei, ser DJ não é para quem quer, é para quem pode, pelo que a maior parte deles não estarão no ramo por necessidade absoluta de pagar as contas ao fim do mês; são antes dos poucos privilegiados que são pagos para fazerem o que gostam.
E eis que, lendo a notícia, são estes os argumentos com os quais me deparo:
- Dores da coluna, músculos e articulações: acredito, mas... Não as temos todos, sooner or later? Não sei se há tendinites específicas do fazer-aquela-cena-de-raspar-o-vinil, mas não me parece motivo qb para profissões serem consideradas de risco para a saúde...
- Varizes nas pernas e nos pés: se isto fosse válido para todas as profissões que implicam passar muito tempo de pé, só se safavam as secretárias. Já agora: dançar ajuda.
- Perda de audição: já discutida;
- Irritabilidade, stress e fadiga: bom... realmente ouvir música a noite toda deve dar uma irritação do caraças, sobretudo quando é má, mas eles nunca põem música que acham má - pois não? Stress e fadiga também - quase tanta como acordar às 6 da manhã, andar 2h de transporte, ter 2 empregos, etc...
- Alterações da pressão sanguínea, ritmo cardíaco e respiratório: ai sim? Mas porquê? Pela adrenalina?
Posso estar a ser injusta, a verdade é que falo de uma realidade que não conheço, mas a tentativa de fazer equivaler a profissão de DJ à de bailarino, pelo desgaste físico, me parece abusiva. O mais engraçado é que, no mesmo artigo, o próprio DJ Vibe afirma ""no geral, os DJ não estão a noite toda a tocar [e] a exposição ao som são eles que controlam”. Na verdade, o maior desgaste que Vibe tem sentido com a profissão é causado pelas viagens."
E assim sendo, lá se vai o argumento da perda de audição.
Ahhhhhh que já não há DJ como antigamente....
P.S.: Mas claro que nisto cada um puxa a brasa à sua sardinha, de maneira que já, já a seguir eu vou aproveitar o andar da carruagem para puxar a brasa à minha.
03 novembro 2011
Al Berto - Ofício de viajante
procurei dentro de ti o repercutido som do mar
a voz exacta das plantas e um naufrágio
o deslizar das aves, o amor obsessivo pelos espelhos
o rumor latejante dos sonhos, as cores dum astro explodindo
o cume nevado de cada montanha
difíceis rios, os dias
vivi talvez em Roma
no tempo em que ali chegavam os trigos da Sicília e os vinhos raros das
ilhas
a fama remota dos ladrões de Nuoro
todo o meu corpo estremeceu ao mudar de voz
cresci com o rapaz, embora nunca tivéssemos sido irmãos
e quando ficámos adultos para sempre
alguém lhe ofereceu o oficio de viajante
eu morri perto de Veneza
e quando atirava pedras aos pássaros sempre me ia lembrando de ti
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a voz exacta das plantas e um naufrágio
o deslizar das aves, o amor obsessivo pelos espelhos
o rumor latejante dos sonhos, as cores dum astro explodindo
o cume nevado de cada montanha
difíceis rios, os dias
vivi talvez em Roma
no tempo em que ali chegavam os trigos da Sicília e os vinhos raros das
ilhas
a fama remota dos ladrões de Nuoro
todo o meu corpo estremeceu ao mudar de voz
cresci com o rapaz, embora nunca tivéssemos sido irmãos
e quando ficámos adultos para sempre
alguém lhe ofereceu o oficio de viajante
eu morri perto de Veneza
e quando atirava pedras aos pássaros sempre me ia lembrando de ti
A clash of kings - George R. R. Martin
Não tenho muito mais a dizer sobre este livro, além de que "é uma coisa do demo".
Passo a explicar: o facto de cada capítulo ser narrado por sua personagem tem os seus prós e contras. Sim, é diferente e evita que a narrativa se torne tão maçuda quanto as centenas de páginas de cada volume poderia fazer supor a potenciais leitores mais preguiçosos. Por outro lado, faz com que por vezes se perca um pouco não exactamente o fio condutor da narrativa, mas antes aquele efeito de suspense do "what happens next". Se no fim de um capítulo ficamos com aquele feeling de stand by, mortinhos por saber o que acontece depois, muitas das vezes, quando finalmente nos deparamos com um capítulo da mesma personagem (tipo, umas 100 páginas depois), o pensamento é mais "o que é lhe tinha acontecido mesmo?"
Posto isto, se é certo que o A Game of Thrones é um set up, no qual cada personagemassume parece assumir o seu lugar no xadrez dos Seven Kingdoms, neste A Clash of Kings começamos a ter movimentos coordenados das diferentes partes, ainda que sempre com a noção de que a verdadeira estratégia, o verdadeiro jogo, está longe de ser revelado.
Certo é que cada livro, por si só, de pouco ou nada vale, fazendo apenas sentido no todo no qual se engloba. Não tem princípio, meio e fim; é um pouco como a história do nosso país - temos que a conhecer até ao presente para perceber como chegamos a este estado. Se bem que, neste caso, nem isto nos chega.
E ainda assim, um livro que nem acaba de uma forma muito "excitante", deixa-nos cheios de vontade de continuar com o próximo volume e nos voltarmos a embrenhar no mundo do Bran, do Jon e da Arya, da Daenerys e do Tyrion, para não os perdermos de vista. Da mesma maneira que não queremos perder de vista aqueles amigos especiais *.
(E isto é uma coisa do demo porque eu estou a tentar ler outro pelo meio e não sei se consigo; já lhe chamo a cobaia...).
* O que é mau dado que ficou bem patente no 1º volume que o RR Martin é umsádico masoquista sociopata génio? que nutre menos afecto pelas personagens que cria do que os desgraçados corajosos crentes leitores que o seguem.
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Passo a explicar: o facto de cada capítulo ser narrado por sua personagem tem os seus prós e contras. Sim, é diferente e evita que a narrativa se torne tão maçuda quanto as centenas de páginas de cada volume poderia fazer supor a potenciais leitores mais preguiçosos. Por outro lado, faz com que por vezes se perca um pouco não exactamente o fio condutor da narrativa, mas antes aquele efeito de suspense do "what happens next". Se no fim de um capítulo ficamos com aquele feeling de stand by, mortinhos por saber o que acontece depois, muitas das vezes, quando finalmente nos deparamos com um capítulo da mesma personagem (tipo, umas 100 páginas depois), o pensamento é mais "o que é lhe tinha acontecido mesmo?"
Posto isto, se é certo que o A Game of Thrones é um set up, no qual cada personagem
Certo é que cada livro, por si só, de pouco ou nada vale, fazendo apenas sentido no todo no qual se engloba. Não tem princípio, meio e fim; é um pouco como a história do nosso país - temos que a conhecer até ao presente para perceber como chegamos a este estado. Se bem que, neste caso, nem isto nos chega.
E ainda assim, um livro que nem acaba de uma forma muito "excitante", deixa-nos cheios de vontade de continuar com o próximo volume e nos voltarmos a embrenhar no mundo do Bran, do Jon e da Arya, da Daenerys e do Tyrion, para não os perdermos de vista. Da mesma maneira que não queremos perder de vista aqueles amigos especiais *.
(E isto é uma coisa do demo porque eu estou a tentar ler outro pelo meio e não sei se consigo; já lhe chamo a cobaia...).
* O que é mau dado que ficou bem patente no 1º volume que o RR Martin é um
01 novembro 2011
O google +...
Não tem ninguém, está às moscas desde a nascença, é um deserto.
Já o reader toda a gente usa, vão-se lendo os feeds e fazendo share das coisas mais engraçadas; podemos seguir pessoas e ver o que partilham.
Solução da google: acaba com os itens partilhados no reader... Para ver se o Google + anima?!
bardam$$da
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Já o reader toda a gente usa, vão-se lendo os feeds e fazendo share das coisas mais engraçadas; podemos seguir pessoas e ver o que partilham.
Solução da google: acaba com os itens partilhados no reader... Para ver se o Google + anima?!
bardam$$da
24 outubro 2011
Domingo 1
11:00 a.m. - Brunch no Magnólia
Porque para acordar cedo e despejar um café e um copo de leite a correr já chega o resto da semana, começamos com um brunch no Magnólia. Para saborear sem pressas - e comer até encher.
Há um pouco de tudo: pães com sementes de papoila, pequenos croissants folhados, scones, compotas, ovos Benedict, chás e 2 tartes deliciosas. Tudo à descrição. A ementa vai sofrendo pequenas variações, pelo que não dá para fartar. Café incluído, claro!
Se forem antes das 12h, em vez de 12 euros, são 8 por pessoa.
13:00 - Exposição Veolia Fotógrafos da Natureza no Museu Nacional de História Natural e Ciência
A hora de almoço é óptima para ver exposições, sobretudo quando se está de barriga cheia.
A escolha recaíu nesta exposição fotográfica Veolia e não houveram arrependimentos.
A primeira surpresa foi ser gratuita, o que é sempre bom. Depois, as fotos estão expostas usando tecnologia LED e contém informações técnicas.
Quanto às fotos em si, há um pouco de tudo. Do lugar comum ao extraordinário, do "não acredito que esta foto ganhou" ao "fabulosa"!
Contas feitas, o espaço é agradável e valeu a pena.
14:30 - Lx Factory, Feira na Fábrica
A Lx Factory é aparentemente o novo espaço in de Lisboa, o que só por si me deixa logo de pé atrás. Estar in, em geral, quer dizer overrated e overpriced, mas como aos Domingos há uma feira, decidimos dar lá um salto.
O espaço é engraçado, ainda que pudesse ser mais bem aproveitado. A feira tem um pouco de tudo no que diz respeito a artesanato, os feirantes são jovens, simpáticos e comunicativos; nos residentes, destaca-se a Ler Devagar, com um alfarrabista no piso superior e uma parede cheia de livros. Mais acolhedora era impossível.
Para quem subir as escadas todas, há uma surpresa. Lá no alto, a exposição permanente de Pietro, "objectos cinematográficos". E é quando o próprio autor aparece que estes objectos ganham vida. De mão dada pelas palavras, por entre a espiral do tempo e os dedos da mão de Deus, Pietro, que também é um contador de estórias, é capaz de nos transportar para um imaginário digno dos melhores romances, no qual partes de objectos se reúnem, qual "cemitério dos objectos esquecidos*" e, de mãos dadas com a física e o tempo, nos vão contando a história da nossa própria efemeridade.
Houve ainda tempo para um café bucólico, em mesas de madeira, com vista para a ponte.
(2 cafés + 1 água das Pedras: 2,40 euros)
16:00 - Feira em Belém
Esta visita não foi planeada; aconteceu porque um dos feirantes da Lx Factory comentou que tinha uma familiar na feira em Belém. E nós lá fomos.
No jardim em frente aos Jerónimos, há artesanato e velharias para todos os gostos.
Ideal para dar um passeio, recordar e sorrir.
17:00 - Jardim do Japão
Reaberto com pompa e circunstância há umas semanas, com direito a uma Festa do Japão na qual tive pena de não poder estar presente, o Jardim do Japão era uma daquelas visitas que aguardava com alguma expectativa. Como para lá chegar era só preciso atravessar a estrada e andar uns minutos, esta foi portanto a altura ideal.
Ao chegar ao Jardim nem me apercebi que já lá estava, o que só por si diz muito. A ser do Japão, esperava-se algum destaque - pelas espécies existentes, pela arquitectura do espaço ou, pelo menos, pela decoração. Nada disso. É apenas um conjunto de pequenas colinas com pequenas árvores - dizem-me as fontes que são cerejeiras, mas sempre quero ver como vamos passar disto:
para isto. Se acontecer chamem-me, mas eu tão depressa não perco o meu tempinho a ir lá...
Por fim, tentamos ir comer um dos famosos croissants do careca... Mas a falta de mesa e a confusão depressa nos fez voltar para trás. É deixar passar a moda.
O melhor do dia: o brunch!
O pior: o Jardim do Japão
Custos (2 pessoas, transportes não incluídos): 18,40 euros
(Já agora, encomendar uma pizza e ver um filme de Domingo, à noite, é uma excelente forma de acabar o dia!)
*alusão ao cemitério dos livros esquecidos, n'A sombra do vento, de Carlos Ruiz Záfon
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Porque para acordar cedo e despejar um café e um copo de leite a correr já chega o resto da semana, começamos com um brunch no Magnólia. Para saborear sem pressas - e comer até encher.
Há um pouco de tudo: pães com sementes de papoila, pequenos croissants folhados, scones, compotas, ovos Benedict, chás e 2 tartes deliciosas. Tudo à descrição. A ementa vai sofrendo pequenas variações, pelo que não dá para fartar. Café incluído, claro!
Se forem antes das 12h, em vez de 12 euros, são 8 por pessoa.
13:00 - Exposição Veolia Fotógrafos da Natureza no Museu Nacional de História Natural e Ciência
A hora de almoço é óptima para ver exposições, sobretudo quando se está de barriga cheia.
A escolha recaíu nesta exposição fotográfica Veolia e não houveram arrependimentos.
A primeira surpresa foi ser gratuita, o que é sempre bom. Depois, as fotos estão expostas usando tecnologia LED e contém informações técnicas.
Quanto às fotos em si, há um pouco de tudo. Do lugar comum ao extraordinário, do "não acredito que esta foto ganhou" ao "fabulosa"!
Contas feitas, o espaço é agradável e valeu a pena.
14:30 - Lx Factory, Feira na Fábrica
A Lx Factory é aparentemente o novo espaço in de Lisboa, o que só por si me deixa logo de pé atrás. Estar in, em geral, quer dizer overrated e overpriced, mas como aos Domingos há uma feira, decidimos dar lá um salto.
O espaço é engraçado, ainda que pudesse ser mais bem aproveitado. A feira tem um pouco de tudo no que diz respeito a artesanato, os feirantes são jovens, simpáticos e comunicativos; nos residentes, destaca-se a Ler Devagar, com um alfarrabista no piso superior e uma parede cheia de livros. Mais acolhedora era impossível.
Para quem subir as escadas todas, há uma surpresa. Lá no alto, a exposição permanente de Pietro, "objectos cinematográficos". E é quando o próprio autor aparece que estes objectos ganham vida. De mão dada pelas palavras, por entre a espiral do tempo e os dedos da mão de Deus, Pietro, que também é um contador de estórias, é capaz de nos transportar para um imaginário digno dos melhores romances, no qual partes de objectos se reúnem, qual "cemitério dos objectos esquecidos*" e, de mãos dadas com a física e o tempo, nos vão contando a história da nossa própria efemeridade.
Houve ainda tempo para um café bucólico, em mesas de madeira, com vista para a ponte.
(2 cafés + 1 água das Pedras: 2,40 euros)
16:00 - Feira em Belém
Esta visita não foi planeada; aconteceu porque um dos feirantes da Lx Factory comentou que tinha uma familiar na feira em Belém. E nós lá fomos.
No jardim em frente aos Jerónimos, há artesanato e velharias para todos os gostos.
Ideal para dar um passeio, recordar e sorrir.
17:00 - Jardim do Japão
Reaberto com pompa e circunstância há umas semanas, com direito a uma Festa do Japão na qual tive pena de não poder estar presente, o Jardim do Japão era uma daquelas visitas que aguardava com alguma expectativa. Como para lá chegar era só preciso atravessar a estrada e andar uns minutos, esta foi portanto a altura ideal.
Ao chegar ao Jardim nem me apercebi que já lá estava, o que só por si diz muito. A ser do Japão, esperava-se algum destaque - pelas espécies existentes, pela arquitectura do espaço ou, pelo menos, pela decoração. Nada disso. É apenas um conjunto de pequenas colinas com pequenas árvores - dizem-me as fontes que são cerejeiras, mas sempre quero ver como vamos passar disto:
para isto. Se acontecer chamem-me, mas eu tão depressa não perco o meu tempinho a ir lá...
Por fim, tentamos ir comer um dos famosos croissants do careca... Mas a falta de mesa e a confusão depressa nos fez voltar para trás. É deixar passar a moda.
O melhor do dia: o brunch!
O pior: o Jardim do Japão
Custos (2 pessoas, transportes não incluídos): 18,40 euros
(Já agora, encomendar uma pizza e ver um filme de Domingo, à noite, é uma excelente forma de acabar o dia!)
*alusão ao cemitério dos livros esquecidos, n'A sombra do vento, de Carlos Ruiz Záfon
It's Sunday we're in love
Viena, Paris e Londres. Mas mais Paris, sobretudo Paris. Nas 3 capitais, mais do que a língua, a gastronomia ou a temperatura, surpreendeu-nos a vida ser tão diferente da que se vive no dia a dia em Lisboa. São cidades construídas para quem nelas habita; há jardins cheios de espaços adaptados ao lazer, há bicicletas para alugar, uma boa rede de transportes.
Em Lisboa, parecem ser as pessoas a viver para a cidade. Formam-se filas para entrar e sair e, pelo meio, anda tudo a correr. Não tomamos banhos em fontes públicas, não nos estendemos de bikini na relva a ler, almoçamos em espaços fechados. Um fim de semana bom é um fim de semana passado fora.
Porque as cidades também são o que delas fazemos, surgiu o desafio: aproveitar Lisboa, aos Domingos. Com um ou outro pé de dança lá por fora.
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Em Lisboa, parecem ser as pessoas a viver para a cidade. Formam-se filas para entrar e sair e, pelo meio, anda tudo a correr. Não tomamos banhos em fontes públicas, não nos estendemos de bikini na relva a ler, almoçamos em espaços fechados. Um fim de semana bom é um fim de semana passado fora.
Porque as cidades também são o que delas fazemos, surgiu o desafio: aproveitar Lisboa, aos Domingos. Com um ou outro pé de dança lá por fora.
22 outubro 2011
Alunos de Medicina - toda a verdade
Quando se fala de Medicina, toda a gente tem alguma coisa a dizer. Toda a gente sabe uma série de coisas, todos dão conselhos. Se é verdade que no futebol há treinadores de bancada, na medicina há médicos de café, de trabalho, de rua, de toda a parte.
O mesmo se passa em relação aos médicos. Ai desgraçado se t'apanho, ai os sacanas, ai que é tão boa pessoa, ai que eu admiro muito os médicos, ai que eu sei mais do que eles, etc.
Já com os alunos, a coisa passa muito pelo ai coitadinhos porque têm muito que estudar, são todos génios (caham...),não têm vida própria são muito dedicados e por aí fora. É mais ou menos dado adquirido que aluno de Medicina que se preze é marrão, queima mais pestanas do que os incêndios de Verão queimam árvores e, enfim, é mais ou menos mal tratado pelos mais velhos, explorado e pau para toda a obra durante o máximo de tempo possível.
Ora isso é tudo verdade mas há mais uma coisa que é precisofazer sofrer viver. Não basta estudar à bruta, andar a correr pelas enfermarias, rezar aos santos, chatear toda a gente e mais alguma para conseguir finalmente preencher a porcariazinha do papel. Isso é o menos. Estágio que se preze, meus caros, implica passar fome. Assim mesmo.
A prová-lo estão os dizeres que mais frequentemente foram proferidos por mim e colegas nestas 2 semanas, a saber:
- Tenho fome
- Estava com uma fome!
- Ainda não almocei (qualquer hora da tarde entre as 14 e as 18)
- Eu hoje não almocei
- Só estou agora a almoçar (16:30, a apontar para sandes)
E isto de sobreviver à fome é uma arte, que andar por aí a desmaiar por não ter comido não é luxo ao qual aluno de Medicina se possa permitir (mais do que uma vez por mês). Muito menos andar enfermaria fora com o estômago a roncar que nem trator. É tudo uma estratégia de coping, que inclui artimanhas diversas, entre as quais:
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O mesmo se passa em relação aos médicos. Ai desgraçado se t'apanho, ai os sacanas, ai que é tão boa pessoa, ai que eu admiro muito os médicos, ai que eu sei mais do que eles, etc.
Já com os alunos, a coisa passa muito pelo ai coitadinhos porque têm muito que estudar, são todos génios (caham...),
Ora isso é tudo verdade mas há mais uma coisa que é preciso
A prová-lo estão os dizeres que mais frequentemente foram proferidos por mim e colegas nestas 2 semanas, a saber:
- Tenho fome
- Estava com uma fome!
- Ainda não almocei (qualquer hora da tarde entre as 14 e as 18)
- Eu hoje não almocei
- Só estou agora a almoçar (16:30, a apontar para sandes)
E isto de sobreviver à fome é uma arte, que andar por aí a desmaiar por não ter comido não é luxo ao qual aluno de Medicina se possa permitir (
- Ter a despensa recheada de comida que caiba no bolso da bata e qualquer bebida de pacote ou iogurte líquido que caiba na mochila/ carteira
- Os pacotes de bolachas que se compram (estavam à espera de quê? baguetes?) devem ser constituídos por pacotinhos de bolachas (que obviamente têm que caber no bolso da bata e que não se desfaçam, senão é uma chatice)
- Ter o estômago treinado para não roncar e um organismo capaz de aguentar estoicamente toda e qualquer fome
- De preferência e já agora, treinem também a bexiga...
Depois, claro, existem pequenas variantes.
Se estamos numa especialidade médica, a técnica consiste em ter os tais pacotinhos no bolso da bata e, quando a fome aperta, enfiar a mão discretamente, tirar metade da bolacha, metê-la à boca como se fosse um valium e roer a um ritmo de 3000 mastigadelas/ minuto. Em alternativa, podemos enfiar-nos num canto e roer a bolacha toda à mesma velocidade. Qualquer coisa como isto, mas de bata.
Já nas cirúrgicas, pela minha experiência, a coisa é diferente. Há que comer quando se pode e pronto, ter fome não interessa para nada. É preciso é forrar o estômago sempre que possível. Sabe-se lá quando aparece outra oportunidade.
Por isso, meus caros familiares/amigos/colegas/companheiros/ cães e gatos que moram connosco, é provável que durante umas boas semanas ao chegar a casa, a 1ª coisa que sai da nossa boca seja WTF? Que é como quem diz...
(Estavam a pensar que wtf era o quê, hein? Tss tsss.)
Por isso, meus caros familiares/amigos/colegas/companheiros/ cães e gatos que moram connosco, é provável que durante umas boas semanas ao chegar a casa, a 1ª coisa que sai da nossa boca seja WTF? Que é como quem diz...
(Estavam a pensar que wtf era o quê, hein? Tss tsss.)
18 outubro 2011
Midnight in Paris
Sou suspeita porque adoro Paris. Mesmo. Não fosse falarem francês (pormenores...), era menina para fugir para lá...
Mas não são só as imagens de Paris.
É a música, o Hemingway, a Gertrude Stein, o Fitzgerald e a Zelda, o Picasso e o Dali - Dali! É o ponto em que o imaginário se cruza com o real, um choque dos titãs Presente e Passado, com os pés a ficarem bem assentes na terra.
O filme é como um sonho de cadência lenta mas feliz, que nos vai arrastando como uma valsa por muitos mundos, muitas épocas e, melhor de tudo, pelas ruas de Paris...
Recomendo! :)
17 outubro 2011
A prova de que eu sou uma criatura nocturna...
Pensamento hoje, à hora de almoço:
"É que também já estou acordada desde as 7 da manhã... Deixa cá ver... 7-8, 9, 10, 11, meia-noite, uma... Dá 6 horas!"
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"É que também já estou acordada desde as 7 da manhã... Deixa cá ver... 7-8, 9, 10, 11, meia-noite, uma... Dá 6 horas!"
14 outubro 2011
Às tantas vou-me arrepender disto....*
Mas chegava de tanto calor, não?
*Tipo quando chover torrencialmente e eu chegar ao/ do hospital a pingar. Se me vier cá queixar, não me lembrem deste post, ok? Posso ficar violenta...
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*Tipo quando chover torrencialmente e eu chegar ao/ do hospital a pingar. Se me vier cá queixar, não me lembrem deste post, ok? Posso ficar violenta...
10 outubro 2011
Steve Jobs - a sério?!
É só para dizer que acho imensa piada ao pessoal que anda quase de luto pelo "nosso Steve" (tipo até parece que tomaram café com ele ainda na semana passada, mas siga...) e que lhe agradece (pelo iPod, iPhone etc) por lhes ter melhorado muito a vida.
Claro, todos sabemos que os gadgets são imprescindíveis para ter uma boa vida, aliás, qualquer vida que se preze vem automaticamente equipada no mínimo com um iPod de 16GB. São invenções destas, afinal, que fazem com que a vida tenha qualidade. Aqueles que nos melhoram a vida porque procuram soluções para o buraco do ozono, porque recolhem o lixo ou o reciclam, porque investigam doenças, porque descobrem novos medicamentos - isso não importa, são males menores.
E pelo menos o nosso caro Steve não nos fazia cara de mau, afinal era só ir à loja, a qualquer hora e comprar - não é como esses médicos (sacanas!) que levantam o cú da cama às 4 da manhã, na qual já tinham estado (imagine-se!!!) deitados durante 5 exactos minutos, depois de um dia de trabalho iniciado às 7 da madrugada, com direito a 15 minutos de descanso (tsss preguiçosos), preocupados com os filhos que ainda agora começaram a escola/pais idosos que ficaram sozinhos em casa, para tratar, só porque sim, a unha encravada/dor de garganta que não nos deixa dormir. P'lamor de Deus, é o trabalho deles! Olhe que realmente!
(Eu tenho um iPod e gosto porque me facilita a vida; agora, melhorar? Pais, namorado, amigos e pouco mais...)
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Claro, todos sabemos que os gadgets são imprescindíveis para ter uma boa vida, aliás, qualquer vida que se preze vem automaticamente equipada no mínimo com um iPod de 16GB. São invenções destas, afinal, que fazem com que a vida tenha qualidade. Aqueles que nos melhoram a vida porque procuram soluções para o buraco do ozono, porque recolhem o lixo ou o reciclam, porque investigam doenças, porque descobrem novos medicamentos - isso não importa, são males menores.
E pelo menos o nosso caro Steve não nos fazia cara de mau, afinal era só ir à loja, a qualquer hora e comprar - não é como esses médicos (sacanas!) que levantam o cú da cama às 4 da manhã, na qual já tinham estado (imagine-se!!!) deitados durante 5 exactos minutos, depois de um dia de trabalho iniciado às 7 da madrugada, com direito a 15 minutos de descanso (tsss preguiçosos), preocupados com os filhos que ainda agora começaram a escola/pais idosos que ficaram sozinhos em casa, para tratar, só porque sim, a unha encravada/dor de garganta que não nos deixa dormir. P'lamor de Deus, é o trabalho deles! Olhe que realmente!
(Eu tenho um iPod e gosto porque me facilita a vida; agora, melhorar? Pais, namorado, amigos e pouco mais...)
09 outubro 2011
E assim acabaram...
Aquelas que foram oficialmente as férias mais curtas de sempre...
(Apesar de terem durado mais de dois meses...)
27 setembro 2011
O Harrison até tem bom aspecto? !??!!? WTF?
O que faz uma jovem saudável, de férias, olhar para um calhamaço de 2 volumes, pelo qual vai ter que estudar durante uns 11 meses, sabendo de antemão o quão penosa e chata e intragável a tarefa vai ser e pensar....
*E sei que mais tarde vou andar pela casa a puxar os cabelos e a gritar 1000 teses!!! 1000 teses em vez disto!!!
**E não me digam que estou maluca que bem sei que quando vocês têm que fazer alguma coisa, tudo o resto parece bem melhor, mesmo que envolva coisas verdes e Salmonellas.
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..... olha, não parece assim tão mau!*
?
A TESE!
*E sei que mais tarde vou andar pela casa a puxar os cabelos e a gritar 1000 teses!!! 1000 teses em vez disto!!!
**E não me digam que estou maluca que bem sei que quando vocês têm que fazer alguma coisa, tudo o resto parece bem melhor, mesmo que envolva coisas verdes e Salmonellas.
Facebook, seu incontinente!!!!
Já tinha falado aqui dos perfis de personalidade que apanho no facebook e da etiqueta no facebook.
Ora acontece que, infelizmente, impõe-se uma pequena actualização... Uma coisinha simples, a sério, não vos vai custar nada. Então cá vai: what happens on facebook, stays on facebook, ok?
Bem, na verdade não é bem assim, é mais:
os maus hábitos que se apanham no facebook ficam no facebook, sim?
Já sabemos que o face à segunda feira é um autêntico muro de lamentações - meu Deus, que desgraaaaaçaaaaa, é seguuuunnddddaaaaaaaaaaa, oh poor me que vivo num país enterrado em dívidas (ou melhor, esburacado de dívidas) e com pretensões de desenvolvido, com uma taxa de desemprego tãããooo altaaaa e logo-a-mim-havia-de-me-calhar-ter-empreeeegooooo e acordar tãããooo ccceedddoooo! E uma semana inteeeeiiirrraaaaaaa de trabalho pela freeeeennttteee. Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii que eu sou tão infeliz!
Este facto (que se repete uma vez por semana, 52 x por ano, x N anos, sendo N = nº anos do lamentador) é sempre dado como uma notícia de última hora, de interesse nacional - apesar de aparentemente só afectar a pessoa em questão.
Até aqui tudo bem, já se tornou normal, a sério. Às quintas muda o cartaz de cinema, no fds há bola, na segunda há choradinho - já faz parte da ementa. O que incomoda mesmo é que todas as lamúrias parecem ter de repente saltado do face para o resto do mundo - virtual e não virtual. Já só me faltam apanhar conversas de fila de supermercado do tipo "Eh pah, ouviste as notícias, sabias que hoje é segunda feira?" "OMG, a sério, que choque, é um autêntico ground zero!".
Portanto, pessoas que se queixam das segundas - e preparem-se que isto é capaz de vos chocar: é segunda feira para toda a gente (ou quase) que vos lê. Are we happy about it? Nop. Todos gostamos mais do fds, a sério, vocês não são especiais ou mais fixes por isso.
Mas tenho para mim que levantar o rabo à segunda, mesmo com a perspectiva de uma semana chata de trabalho pela frente, é um cenário bem melhor do que não ter emprego ou ter uma vida de merda em que todos os dias são iguais, porque não há trabalho ou não há escola ou, pior ainda, estão metidos numa cama e é igual ao litro se é segunda ou sexta.
Portanto, continuem as queixas no face, se isso vos faz felizes. Mas nada de facyleaks, se faz favor. A gerência agradece.
P.S.: Já agora, o Garfield tem piadas bem melhores do que o mainstream das Mondays. Se já tivessem lido um livrito, sabiam.
20 setembro 2011
30 anos
Tarde com amigas - fotos, roupa e saltos.
Jantar com o P - conversa, risos e vinho.
Porto - hotel, sol e pronúncia do Norte.
Pais - únicos.
Amigos - tão próximos que são a minha família alargada, reunida à mesa para jantar.
Café - com alguém que não via há muito tempo e que, com um pequeno gesto, me mostrou que está tudo igual.
Regresso - o Sol a pôr-se, a conversa, a música.
Obrigada Pai, Mãe, P., L., C., D&R, A&P&G e AP - não há crise dos trinta que vos resista :)
14. Crazy Mary - Pearl Jam
«That what you fear the most
Can meet you half the way»
(...)
« And Mary rising up above it all»
(...)
« And Mary rising up above it all»
12. Mayonaise - Smashing Pumpkins
« Fool enough to almost be it
Cool enough to not quite see it»
15 setembro 2011
Always happens...
Decidir limpar a casa a fundo, mudar tudo de sítio enquanto limpo....
...... e depois ficar estafada e ficar no sofá, a olhar, à espera que as coisas voltem sozinhas para o lugar.
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...... e depois ficar estafada e ficar no sofá, a olhar, à espera que as coisas voltem sozinhas para o lugar.
14 setembro 2011
10. I'll fall with your knife - Peter Murphy
@ P ;)
Well if the birds can reach the sky
To this land I'll be with you'Til the sun bursts from your side
With my hands I reach to you
When you think your chance is passing by
When you blow your moon away
I'll bleed like the reed
Fall with your knife
It's here I'll be with you
8. Moonlight Shadow - Mike Oldfield
«4 a. m. in the morning
Carried away by a moonlight shadow»
4. Spark - Tori Amos
«You say you don't want it again
And again but you don't really mean it»
13 setembro 2011
Motivo pelo qual eu hei-de ser sempre pobre e miserável
Em conversa com amigos nestes dias, cheguei à conclusão que, se houver por aí um destino escrito para cada um de nós e no meu estiver escrito que no dia x da semana y do ano da graça de não-sei-quantos eu vou ganhar o euromilhões isso não vai acontecer - porque eu esqueço-me sempre de jogar.
Ora ontem estava a pensar que, depois de fazer o exame de acesso à especialidade, o ideal mesmo era, sei lá, dar uma volta ao mundo! Vai daí que hoje, à falta de apoios comunitários para tal empreendimento, decidi que era um bom dia para me registar no site e jogar online.
O resultado foi este.*
Posto isto, concluo que sim, que há um destino traçado para cada um de nós e que o meu passa por trabalhar, poupar e fazer a minha tour pelas conchichinas do mundo quando tiver uns 70 anos, que pelo andar da carruagem é mais ou menos quando vou conseguir juntar carcanhol para a coisa.
* Sempre o mesmo após 7 tentativas consecutivas. Claro que o P conseguiu registar-se à 1ª...
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Ora ontem estava a pensar que, depois de fazer o exame de acesso à especialidade, o ideal mesmo era, sei lá, dar uma volta ao mundo! Vai daí que hoje, à falta de apoios comunitários para tal empreendimento, decidi que era um bom dia para me registar no site e jogar online.
O resultado foi este.*
Posto isto, concluo que sim, que há um destino traçado para cada um de nós e que o meu passa por trabalhar, poupar e fazer a minha tour pelas conchichinas do mundo quando tiver uns 70 anos, que pelo andar da carruagem é mais ou menos quando vou conseguir juntar carcanhol para a coisa.
* Sempre o mesmo após 7 tentativas consecutivas. Claro que o P conseguiu registar-se à 1ª...
1. Hotellounge - dEUS*
« "this place, this hotel lounge
it's my daily bread...but i'm underfed »* Porque sim, sem nenhuma ordem em especial. 30 músicas nos próximos dias. Cada uma delas me conta uma história.
12 setembro 2011
People, please!
Se há coisa que me tira do sério é a maneira como, se uma coisa/ sítio / hábito / whatever passa a estar na moda, a ser trendy, vem logo uma série de gente capaz de dizer maravilhas, consumir compulsivamente e até mesmo dispôr-se a pagar resmas de dinheiro por coisas que... Como dizer... Vendo bem não valem nem metade da massa, não têm nada de especial ou, em casos extremos, são efectivamente más.
Não me interpretem mal, todos temos o nosso quê de fashion victims - os caderninhos que vendem nas grandes superfícies são giros e tal mas não são moleskine (eu pecadora me confesso) mas... Há limites!
Se falo disto é porque um destes dias fomos a um restaurante desses que aparece nos lifecoolers e semelhantes - E sim, usamos muitas vezes estes sites para procurar sitios para fazer o gosto ao paladar, mas a modos que as alternativas são o quê? Fazer uma tour de carro e ao ver um restaurante que parece bom ficar à porta a pontuar a cara de satisfação dos clientes?
Bom, adiante, lá fomos. E digo-vos que foi uma banhada fenomenal. O pão das entradas estava duríssimo, os pratos não eram nada de especial e um deles vinha com calhaus de sal agarrados, não tinham nem metade dos pratos que estavam na ementa (e já agora, o papelinho com os pratos do dia na minha e na do P tinham escritas coisas diferentes... go figure!). Pagamos bem, comemos mal e eu ainda fiquei a fazer de refém enquanto o P ia à caixa MB mais próxima levantar $$$ porque, ao contrário do anunciado, não dava pagar com cartão - e nestes casos o aviso à porta fica sempre bem. Ainda me trocavam por camelos nos entretantos...
Isto para dizer que, quando escolhi as bebidas, e dado o tipo de restaurante, fiquei surpreendida por, na categoria de chás, terem como únicas opções os chás mais normaizinhos que se possa imaginar. Tipo, eu tenho mais variedade e coisas mais apetitosas em casa, percebem? De maneira que pedi um sumo de fruta. Ora não é que às tantas passa por mim uma miúda, vestida a rigor, daquelas que fala'ssim, táver, a dizer que o chá estava fabuloooosssoooo!!!
Wait, what? Era chá de cidreira!!!!
Tenho para mim que é assim que se propagam mitos gastronómicos e que muitas casas fazem nome... E posso ser má língua, mas lá que a comida não era boa... Vão por mim, não era.
07 setembro 2011
Sou a única que ainda não sabe que especialidade quer?
Nem sequer se quero uma...
Médica
Close your eyes,
Give me your hands,
Say ‘ah’,
I’ll listen to your heart beating.
Please say ‘ninety-nine’, ‘ninety-nine’, ‘ninety-nine’!
You look a bit anaemic.
Now here’s some questions, we ask everyone…
Ou Cirúrgica?
Hey, like a surgeon
Cuttin' for the very first time
Like a surgeon
Organ transplants are my line
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Médica
Close your eyes,
Give me your hands,
Say ‘ah’,
I’ll listen to your heart beating.
Please say ‘ninety-nine’, ‘ninety-nine’, ‘ninety-nine’!
You look a bit anaemic.
Now here’s some questions, we ask everyone…
Ou Cirúrgica?
Hey, like a surgeon
Cuttin' for the very first time
Like a surgeon
Organ transplants are my line
Dia 1 de Setembro...
E algures durante este mês vou fazer 30 anos.... 30. Trinta. Trrrinnnnttaaaa.
30 deve ser tipo a idade mais importante para se fazer - depois dos 18 - n?
Por isso começo já a queixar-me que é para ir soltando a depressão aos poucos e não me cair toda em cima no dia, ok?
ggeeezzz i'm old
p.s.: estou tão deprimida que não achei piada a nenhum dos cartoons que vi para ilustrar...
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30
30 deve ser tipo a idade mais importante para se fazer - depois dos 18 - n?
Por isso começo já a queixar-me que é para ir soltando a depressão aos poucos e não me cair toda em cima no dia, ok?
ggeeezzz i'm old
p.s.: estou tão deprimida que não achei piada a nenhum dos cartoons que vi para ilustrar...
26 agosto 2011
E já que falamos de séries...
Além do GoT, por cá também se viram as primeiras 2 séries do Modern Family - recomenda-se vivamente. Quando não consegue fazer soltar gargalhadas consegue, at least, deixar um sorriso nos lábios. As personagens estão muito bem caracterizadas, os actores são excelentes e tem momentos absolutamente deliciosos. Como este.
Já o Shameless - Versão US, nunca vi a UK - é uma série mais séria (que raio de combinação de palavras...) do que os primeiros episódios fariam prever, mas lá que faz justiça ao nome, faz. Sórdida em muitos aspectos, com um humor mais negro e menos evidente, tem pelo menos 2 personagens fortíssimas, muito à custa do talento dos actores. Vamos lá ver como será a 2ª temporada....
Se Shameless foi uma descoberta casual no imdb, o mesmo não posso dizer da Anatomia de Grey. Comecei a ver a 7ª temporada no início do ano, no entanto a falta de tempo fez-me deixar para depois, mas para já ainda só consegui rever os episódios que já tinha visto. Apesar de ser considerada uma série muito... girlish, parece-me, e de ter tido temporadas fraquinhas, fraquinhas, nesta 7ª temporada parece-me que volta a ser a série de que eu tanto gosto. Novelesca qb, mas sem chegar ao enjoo, é óbvio que gosto particularmente do cenário dos hospital, das dúvidas das personagens, que já foram, são, ou serão, minhas; dos problemas que vão encontrando no seu dia a dia enquanto médicos - mais humanos que técnicos. Pode ter menos humor que o House, mas, novelas à parte, parece-me bem mais realista (o House para mim perdeu todo o charme, encanto e piada quando comecei os anos clínicos, lamento).
Last but not least, decidimos recuperar o Lost, que eu tentei seguir quando passou por cá, mas que ficaram perdidos nos horários do canal que exibiu a série, de maneira que eu perdi o fio à meada e a paciência... Quando a última temporada terminou, fiquei com a sensação que desiludiu um bocado, mas não quis ler muito por causa dos spoilers... Any opinions?
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"Casablanca"
Já o Shameless - Versão US, nunca vi a UK - é uma série mais séria (que raio de combinação de palavras...) do que os primeiros episódios fariam prever, mas lá que faz justiça ao nome, faz. Sórdida em muitos aspectos, com um humor mais negro e menos evidente, tem pelo menos 2 personagens fortíssimas, muito à custa do talento dos actores. Vamos lá ver como será a 2ª temporada....
Se Shameless foi uma descoberta casual no imdb, o mesmo não posso dizer da Anatomia de Grey. Comecei a ver a 7ª temporada no início do ano, no entanto a falta de tempo fez-me deixar para depois, mas para já ainda só consegui rever os episódios que já tinha visto. Apesar de ser considerada uma série muito... girlish, parece-me, e de ter tido temporadas fraquinhas, fraquinhas, nesta 7ª temporada parece-me que volta a ser a série de que eu tanto gosto. Novelesca qb, mas sem chegar ao enjoo, é óbvio que gosto particularmente do cenário dos hospital, das dúvidas das personagens, que já foram, são, ou serão, minhas; dos problemas que vão encontrando no seu dia a dia enquanto médicos - mais humanos que técnicos. Pode ter menos humor que o House, mas, novelas à parte, parece-me bem mais realista (o House para mim perdeu todo o charme, encanto e piada quando comecei os anos clínicos, lamento).
Last but not least, decidimos recuperar o Lost, que eu tentei seguir quando passou por cá, mas que ficaram perdidos nos horários do canal que exibiu a série, de maneira que eu perdi o fio à meada e a paciência... Quando a última temporada terminou, fiquei com a sensação que desiludiu um bocado, mas não quis ler muito por causa dos spoilers... Any opinions?
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